quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Em greve há 100 dias, professores decidem pela manutenção do movimento

MÁBILA SOARES

Professores da rede estadual decidem manter a greve, que já dura exatos 100 dias. Após a realização de mais uma assembleia da categoria, nesta quinta-feira (15), os grevistas não voltarão às salas de aulas enquanto o Governo não apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. Os educadores fizeram uma votação simbólica, ainda em plenário, para encerrar mais um encontro.

De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), os professores seguem em passeata pelas ruas da capital em direção à Praça Sete. A BHTrans alerta aos motoristas que evitem passar pelas imediações e peguem rotas alternativas. Funcionários dos Correios, em greve desde a meia noite dessa quarta-feira (14), reforçam a manifestação.

Contratação
Com o objetivo de evitar danos ainda mais graves aos alunos de escolas que aderiram à greve e garantir o cumprimento do ano letivo, o Governo de Minas decidiu contratar professores substitutos para todas as séries do ensino básico. Serão 12 mil educadores para assumir as salas de aula de todas as séries dos ensinos fundamental (1º ao 9º ano) e médio. Até o momento, 2.404 temporários haviam sido chamados apenas para as turmas do 3º ano do ensino médio.

O Sind-UTE entrou com um mandado de segurança, no último dia 16 de agosto, para impedir a designação dos substitutos com a alegação de que os profissionais contratados não eram habilitados para dar aulas. A Justiça não aceitou o pedido e a entidade entrou com recurso.

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Cerca de 2.500 idiomas correm o risco de desaparecer, dizem analistas

A globalização e a pressão sobre comunidades indígenas de integrarem-se à cultura dominante estão acelerando o desaparecimento de centenas de idiomas no mundo todo. Essa mudança representa mais que uma perda de palavras e a destruição de uma forma de levar a vida, avaliam analistas reunidos recentemente em Quito, no Equador.

Dos 6.000 idiomas recenseados no planeta, mais de 2.500 correm o risco de extinção, contabiliza a Unesco (Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Entre eles estão, por exmeplo, o andoa equatoriano, que tem apenas uma pessoa falante do idioma, e o zapara, com seis idosos fluentes.

Com eles desaparecem seus conhecimentos naturais, além de uma maneira de conceber o espaço, o Universo e a relação com outros seres humanos, ressaltou Marleen Haboud, coordenadora de um congresso internacional sobre o tema que ocorreu recentemente na Pontifícia Universidade Católica de Quito.

Outro exemplo é o mohawk, língua de uma tribo indígena da confederação iroquois que vive entre os Estados Unidos e o Canadá. Esse idioma não segue a estrutura tradicional de sujeito, verbo e predicado, base do inglês, português e espanhol, entre outros.

Seus falantes colocam primeiro a informação que acreditam ser mais importante para o ouvinte, independentemente de ser nome, adjetivo ou ação, explicou Marianne Mithun, uma lingüística americana que há décadas trabalha no resgate do idioma.

"[Línguas diferentes] mostram maneiras diferentes da mente humana de codificar as informações, de entender e de sistematizar o mundo e são formas nunca pensadas por nós que só falamos uma língua europeia", opinou Mithun.

Para ela, das 300 línguas documentadas na América do Norte, em meados desta década somente 12 deverão sobreviver.


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