quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Comissão aprova proposta que tira a educação superior do MEC

Medida prevê transformação do MEC no Ministério da Educação de Base

Foi aprovado hoje na Comissão de Ciência e Tecnologia a proposta do Senador Cristovam Buarque que transfere as atribuições do Ministério da Educação relativas ao ensino superior para o Ministério da Ciência e Tecnologia. O senador Cristovam Buarque, autor da proposição, afirma que o trabalho do Ministério da Educação e Cultura (MEC) abrange hoje todos os níveis de ensino, tanto básico quanto superior. Mas, concentra sua atenção e a maior parte dos recursos no ensino superior em relação ao conjunto da educação básica.

Para o relator substituto, senador Aloísio Nunes, do PSDB de São Paulo, a ideia é simples e de grande alcance, já que atualmente o MEC tem concentrado suas atenções sobre o ensino universitário. “O ensino de base vem ficando relegado a uma atenção menos concentrada devido ao poder de pressão político econômico e social da educação universitária”, destacou.

Esse modelo de organização já é adotado por diversos países. Na Europa, Portugal, França e Reino Unido, mantêm estruturas administrativas separadas e hierarquicamente equivalentes para tratar da educação básica e superior. Na América do sul, a Venezuela já adotou a mesma estratégia. O senador Cristovam Buarque acredita que a separação pode beneficiar o ensino básico e também as universidades.

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Para Haddad, mais tempo de aula diminui desigualdade entre alunos - 21/09/2011

NÁDIA GUERLENDA
DE BRASÍLIA

O ministro da Educação, Fernando Haddad, reafirmou na tarde desta quarta-feira a intenção de aumentar o tempo do aluno em sala de aula.

Ministro defende mais dias letivos nas escolas

Segundo ele, com a ampliação, a desigualdade entre alunos diminui. "Um dos maiores problemas está na desigualdade de aprendizado entre os alunos. Reduzir desigualdade significa equalizar as oportunidades de educação, e uma das formas de fazer isso é oferecer para o aluno de classe mais abastada e para o outro de classe menos abastada a mesma qualidade de ensino."

O governo trabalha com duas propostas: aumentar a carga horária diária de quatro horas para cinco horas e aumentar o ano letivo, que atualmente tem 200 dias, para 220 dias. Outra hipótese é misturar as duas opções. Além disso, uma das metas do PNE (Plano Nacional de Educação) é que até o fim da década no mínimo 50% das escolas públicas de educação básica ofereçam o turno integral.


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